Ela vem surgindo. Tão branca e cândida, tão pomposa em sua aparição. Sempre decidida e independente, sempre individualista. Naquele dia, porém, algo novo: de uma maneira estranha, ela finalmente se permitiu guiar-se pela órbita. Seguia em direção ao que nem ela mesma sabia. De fato, pensara que um dia isso iria acontecer; algo faria ela desejar um encontro com o desconhecido. Sabia que ao seguir assim, arriscaria o seu brilho, mas estava disposta. Corria rumo ao nada.
Ele, tão maior que ela, a esperava de uma maneira sobrenatural. Imóvel, inerte. Ele precisava olhar para ela, ver que seu brilho iluminava aquela face. Cauteloso, sabia que poderia feri-la, mas arriscou. Ele queria a sensação de poder aquecer aquele ser de aparência tão fria e lânguida. Necessitava contemplar aquela candura, e como num encaixe premeditado perfeitamente, deixá-la pra sempre perto de seu calor. Guiá-la, de uma maneira delicada e doce.
Passaram a contar os dias. Ela chegou. Ele esperou. Eles se viram. Ela sempre soube que tinha que estar ali. Confusa, indagava-se por que demorou tanto para ter a certeza de que era ele, que só ele a faria andar pelo espaço para assim, finalmente, encontrar algo tão distinto de si. Tantas perguntas não faziam mais sentido agora. Ele, que antes queimava e castigava, transformou-se numa penumbra suave.
E todos contemplaram, numa imagem nua e crua. Eles ali. O sol e a lua.
5 comentários:
*-*
A-M-E-I... Sem +.. x)
=**
Poxaa, Bruna. Gostei muito do texto, nem consigo descrever. Tava com muita saudade das suas postagens, de verdade.
Beeijos.
Amei muito! Parabéns, desculpa ter passado um tempo sem vir por aqui :/
beijos!
Bruna!Gostei de veras!
Dessa sua visão tão apaixonante entre o sol e a lua!!
Não uma visão cientifica, mas sim um olhar novo pra esse lindo fenômeno da natureza!
Deus te abençõe!!!!
Postar um comentário